sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Fique.

Fique.
Eu sei.
Eu quero que o ver não seja o ser.
Eu tenho fé.
Fé em ti.
Eu creio no vermelho.
O vermelho.
O reluzir dos seus olhos
Creio na fumaça que você não quis que saísse de sua boca.
Mas cogitou.

Saia.
Distancie-se.
Mais?
Eu nunca quis.
O que quis dizer?
Veja o brilho.
Decida.
Eu não quis dizer.
Mas você quis?
Mas que quiz é esse?
Perto do não entender.
Eu entendi, mesmo sem querer.
Eu te quero.

Sempre.
O conforto.
O conformista exagerado.
Nós.
Somos o que somos.
Eu sei.
Eu soube
Mas te quis.
Te quero.
Saia.
Fique.
Espere o sempre.
Eu sei, eu previ.
Eu nunca te vi.
Mas te senti.

Sente-se ao meu lado.
Me deixe te curar do esquecer.
Esquecer?
Esqueci o que fomos.
Mas tão cedo?
Rodopios ao vento.
Mas a brisa entre os dedos.
Dissipei.
Mas a cruz pregada aos teus olhos me aproxima.
Da fé de te ter.
Eu te quero.

Fique.
Sempre.
Esqueça e saia.
Não.
Eu menti.






  

sábado, 13 de dezembro de 2014

Sambinha bom de uma sexta à noite

Mesmo que o sambinha bom não te traga mais perto, a sinceridade da sua voz faz com o que o meu coração cansado de não sentir, sambe e saltite na sinceridade do seu sorriso. O seu cheiro (envelopado) é o motivo do arrepio na minha espinha refletido em meu coração que parece uma escola de samba em plena avenida. O ruivo espalhado pelo seu rosto é o resplandecer do sentir. É amor ou só luz do sol? Mas o amor não é luz? O sol é calor? E o ruivo é alento? Alento são seus olhos. Você é a brisa entre os meus dedos. Essa proximidade nunca será o bastante. O samba é real? Você é real? O samba é poesia e você é prosa em forma de luz-do-sentir.