domingo, 22 de novembro de 2015

Resenha: Caixa de Pássaros - Josh Malerman



É um blecaute, pensa Malorie. O mundo, o exterior, está sendo desligado. Ninguém tem respostas. Ninguém sabe o que está acontecendo. As pessoas estão vendo alguma coisa que as leva a machucar os outros. A machucar a si mesmas. As pessoas estão morrendo. Mas por quê?
A história:

E se as pessoas começassem a morrer depois de simplesmente olhar para algo? E se o maior medo do ser humano fosse abrir os olhos? E se fossemos obrigados a viver com as janelas cobertas por medo do que está lá do lado de fora? Essa é a premissa de “Caixa de Pássaros”, Josh Malerman, as pessoas simplesmente começam a se matar e a matar quem está em volta depois de olhar para algum tipo de criatura. A história gira em torno de Malorie, uma mãe lutando pela sobrevivência de seus dois filhos. O livro brinca com passado e presente, em um capitulo temos a realidade atual de Malorie, em outro temos uma amostra de como tudo começou e como ela foi parar onde está.

Impressões:

 A edição está impecável, como a maioria dos trabalhos feitos pela intrínseca. A história peca em seus clichês de suspense, mas o que seria de nós sem os clichês, não é mesmo? Eu diria que a história é original, brinca com nossos medos, afinal o que é mais apavorante do que o escuro? A construção dos personagens está impecável, o autor conseguiu passar bem o amadurecimento ou enlouquecimento de cada um, mesmo deixando alguns de lado ao longo da história, ele soube nos fazer se apegar a eles (um erro, tente não se apegar a nenhum, sofrerá menos).

Conclusão: 

Caixa de Pássaros é um livro jovem, um suspense YA, então não espere uma obra prima, mas Josh conseguiu deixar sua marca e me deixar mas curioso pelos seus livros. O livro te deixa tenso em poucos momentos, mas faz com que o leitor se sinta ansioso para saber o desfecho da história. É uma leitura intrigante, faz com que você questione o medo daquilo que não pode ver. O medo de ter medo.

domingo, 25 de outubro de 2015

Eu não sou escritor

Eu não sou escritor. Tentei ser, ainda tento reinventar meus clichês. Minhas crônicas surreais, minha escrita sem sentido, meu amor sem sentir, não me tornam escritor, não do jeito que eu gostaria de ser. Cadê a aventura? Os capítulos completos?  Os amores inventados? Já diria minha mãe: Nem sempre a gente é aquilo que gostaria de ser. Ou será que foi alguém em alguma novela que disse? Talvez essa seja a minha ultima tentativa vã de escrever algo que realmente faça sentido, algo real e sentido, porque agora eu sinto. Eu sinto falta de sentir. Sentir como quando disse que sentia saudade de sentir saudades. As vezes as palavras começam a ficar vazias, não vale a pena escrever assim. Por isso digo: Não sou escritor, mas gostaria de ser. O que é escrever? É ser e se conhecer. Eu não me conheço. Eu sou sem sal? Eu sou fofo? Eu sou um salafrário viciado em beijos no pescoço? O meu pescoço longo e curvado não mente: Eu não sei quem sou. Nenhum escritor sabe, isso já é um passo? Passo no compasso dessa dança de ser quem um dia gostaria de ser. Eu preciso provar, não pra ninguém, mas pra mim mesmo que posso ser lúcido. A lucidez arde como a arte aos olhos do leigo. Liberdade a expressão. Liberdade a minha prisão. Veja bem: Eu não sou escritor. 

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Wonderwall, Oasis

Hoje eu resolvi postar tudo de uma vez. Que tal inovar um pouquinho e ao invés de postar a música da semana (que já não posto há um tempo) postar a música da madrugada? Vamos para os clichês dos clichês: Wonderwall, Oasis.
Toda vez que ouço essa música sinto um misto de sensações boas e ruins. Lembro do ensino médio. Do primeiro amor que tive medo de viver e acabei não vivendo. Do beijo que quis dar, mas não dei. Do abraço que dei, mas que não foi sincero o suficiente. É o tipo de música perfeita pra madrugada e pros devaneios. Que tal procrastinar ouvindo Oasis?

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Rio de Janeiro em Maio


Qual a sensação de estar no céu? É engraçado, porque voar era pra ser fisicamente impossível, mas estar no ar é mais do que possível. Enxergar o mundo do alto, perceber o quanto as luzes dos prédios são assustadoras vistas de cima e em tamanha quantidade. Eu voei. Não de uma forma poética, mas literalmente, em um avião. A tontura. Os ouvidos entupidos. A dor. Vale a pena. A sensação de estar de volta no chão te faz sentir medo o mundo, no céu tudo parece tão calmo, em paz. No chão tudo parece bagunça, baderna, poesia, confusão. São Paulo vemos prédios. Rio de Janeiro vemos mar. É confuso pra um paulista pisar no Rio e decidir se o certo é “bolacha” ou “biscoito”. É mais confuso ainda ver o mar, ver as montanhas e começar a sentir a beleza do mundo. As construções primorosas e arquitetônicas de Deus. Sim, Deus. A religião se encaixa no mundo. O sentir se encaixa no Rio. A poesia é o mar. Amar. Eu amo voar, tomar banho de mar e andar de bicicleta. Rio de Janeiro em maio é solidão resumia em poesia. Sinta-o.


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Resenha: Refém da Obsessão - Alma Katsu

Para o homem o amor é algo a parte; para a mulher, é sua própria existência.

A história: 

Adair está de volta e sedento por vingança. Após ficar preso por quase 200 anos, um acaso do destino o liberta de sua prisão, ele quer mais do que nunca encontrar Lanore para o inicio de uma eternidade de sofrimento, porém será que seu coração permitirá que essa vingança se concretize?

Impressões:

A escrita segue a mesma linha do primeiro livro, é bem construída, detalhada e tem uma fluidez natural, porém, apesar das reviravoltas, o livro se concentra mais no romance, tornando-o meio água com açúcar, ele é diferente de tudo que se espera, o que acaba sendo um pouco decepcionante, apesar de surpreendente. O livro acaba caindo em meio aos clichês atuais, porém não deixa de ser uma história consistente e gostosa de ler.

Conclusões:

É a maldição do segundo livro, infelizmente é uma realidade a ser encarada. O livro é ótimo, mas não se compara ao primeiro, a história decaiu, perdeu um pouco da originalidade e autora acabou indo por um caminho não muito agradável, ao meu ver. Mas para quem já começou a série, super vale a pena continuar.


domingo, 17 de maio de 2015

Dominguite! Scandal

Olivia Pope, feminista, inteligente, astuciosa, independente e amante do presidente. Sim, é um pequeno spoiler de uma das melhores séries dos últimos tempos.

Você fez parte do escândalo do Mensalão e agora precisa retomar a política? Então chame Olivia Pope. Matou sua irmã por acidente? Chame Olivia Pope. Seu filho se meteu em algum tipo de encrenca? Chame Olivia Pope. Ela é uma consertadora de problemas.

Olívia Pope & Associates é um escritório famoso em Washington por concertar os problemas dos grandes políticos e os casos mais absurdos e impossíveis. Se você tem um problema deixe nas mãos deles.

A série tem 3 temporadas completas e está na reta final da quarta. A cada episódio nós somos surpreendidos pela historia maravilhosa e pela atuação impecável da Kerry Washington. A série tem um ritmo frenético, não dá vontade de parar, é uma ótima forma de te livrar desse mal chamado dominguite.


sexta-feira, 15 de maio de 2015

Playlist literária: Romance

Esse post é pra você que está lendo o novo lançamento do Nicolas Sparks ou um romance choroso da Jojo Moyes. Eu separei algumas músicas que podem embalar esse momento emblemático em que nos envolvemos de coração com esses romances fictícios, porém tão reais na magia das letras.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Música da Semana: Lucky - Britney Spears

E a música dessa semana é da tão criticada, adorada, odiada e sexualizada princesinha do pop: Britney Spears. Desde que baixei o spotify, tenho escutado todo o tipo de música, inclusive dessa figura tão controvérsia. Desde polêmicas até playbacks, Britney continua sendo considerada um icone do mundo pop, é uma figura emblemática que a gente adora acompanhar e saber qual o próximo passo. Lucky, apesar de sincera, soa como algo simplesmente vendável (mas eu adoro, o choro é livre).     
   

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Motivo - Cecília Meireles


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Harry Potter não é literatura?

Quem nunca teve um minidicionário da tão renomada Ruth Rocha? Sim, ela fez parte da infância de vários leitores, assim como Harry Potter, da nossa queridíssima J.K. Rowling. A história do pequeno bruxo já causou diversas polemicas, inclusive religiosas. Porém, recentemente, Ruth Rocha fez uma declaração um tanto quanto polemica ao site IG em relação à saga do bruxinho.


“Não acho errado ‘Harry Potter’ fazer sucesso, mas não acho que seja literatura”  Disse a autora, completando em seguida: “Isto não é literatura, isto é uma bobagem. É moda, vai passar. Criança deve ler tudo, o que tem vontade, o que gosta, mas eu sei que não é bom. O que eu acho que é literatura é uma expressão do autor, da sua alma, das suas crenças, e cria uma coisa nova. Esta literatura com bruxas é artificial, para seguir o modismo”.

Ruth definiu bem o que é literatura, porém essa declaração é um pouco controvérsia, afinal, Harry Potter se encaixa nesse conceito de literatura. Em diversas passagens da saga do bruxo podemos observar os reflexos da alma e dos sentimentos de J.K. implícitos na história. Por exemplo, os Dementadores, criaturas fantásticas que sugam a vitalidade das pessoas, são a representação de uma depressão profunda que J.K. passou em uma fase de sua vida.

Portanto, Harry nada mais é do que o reflexo dos sonhos, ilusões, tristezas e expectativas de sua autora. Claro, tudo isso foi retratado de um forma totalmente diferente, afinal, cada escritor encontra uma forma de expressar seus sentimentos através das palavras. Porém, é compreensível a opinião de Ruth, afinal ela vem outra geração, tem outros conceitos e isso não quer dizer que ela está errada, mas aos olhos de uma geração que cresceu lendo e assistindo Harry Potter, tais livros podem e são considerados literatura. Então, assim como os jovens devem abrir espaço para os clássicos, as pessoas mais velhas devem dar uma chance para a literatura contemporânea, não vamos nos prender em uma caixinha de conceitos e preconceitos, vamos aproveitar tudo o que a literatura tem a nos oferecer.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Um Jornada Aeroportuária: O primeiro dia

A primeira vez a gente nunca esquece. Me perdoe por começar com uma frase tão clichê, mas os clichês são reais. Seja na escola, no trabalho ou até mesmo no sexo, a primeira vez a gente nunca esquece.

Era uma sexta-feira, o ar da manhã estava congelando, de um jeito que quase não vemos mais no
Brasil, acordei quase três horas antes de tamanha ansiedade. É engraçado como a ansiedade pode chegar a ser palpável. Eu respirava ansiedade; eu era a ansiedade. Ah, não se esqueça do medo, eu era o medo e a ansiedade.

Aquele seria o primeiro dia de 17 meses, eu considerava toda aquela experiência como um processo seletivo de 17 meses, afinal só os melhores dos melhores seriam efetivados e eu precisava estar entre eles. Eu seria um deles.

Pela primeira vez fui sentado com a postura completamente ereta no ônibus, medo da camisa amassar e o padrão da companhia aérea ser desfeito, afinal quanto mais asseado melhor. Eu me sentia padrão: Calça branca, camisa preta, cabelo bem cortado e barba bem feita. Quando eu desci do ônibus no aeroporto tive a sensação de coisa nova, aquele momento em que você percebe que tem muita coisa te esperando, mas você não faz a mínima idéia do que vai encontrar.

Encontrei um grupo de meninas que também seriam aprendizes comigo. Todos estavam extremamente arrumadas, menos uma. Perdoe-me pelo comentário infame, mas a parte de trás da calça dela estava suja com algo branco, sou extremamente perfeccionista, pensei em avisar, mas não achei que seria de bom tom.

Apesar de aquele ser o primeiro dia no aeroporto, não soou como trabalho. Nós simplesmente conhecemos o aeroporto. Divididos em grupos de 4 ou 5 pessoas fizemos um passeio “turístico”. Conhecemos desde os banheiros, até o check-in da conexão.

Tudo começou de verdade na segunda-feira onde fomos jogados aos lobos. Não sei se vocês conhecem a aviação brasileira, mas ela é uma loucura, não digo no ar, mas a bagunça é na terra. Tínhamos três posições em que poderíamos ficar: A loja (O sonho de qualquer novato, afinal aquilo ficava as moscas), o internacional (Ah, como eu queria treinar o inglês no meu primeiro dia) e o pesadelo, quero dizer, o doméstico (Imagine uma multidão de gente aglomerada em um ambiente quase claustrofóbico).


Doméstico, essa era minha sina, esse era o meu medo e se tornou o meu clube. Fui jogado aos cães de primeira, me colocaram no meio da multidão e com meus olhos perdidos e ansiedade senti vontade de chorar, mas não faz o meu estilo, simplesmente respirei fundo e fui. Comecei a atender sem olhar pro relógio. Um sorriso no rosto, crachá no peito e a ansiedade dava lugar a euforia. Me encontrei naquele momento, comecei a me descobrir no meio daquela correria, no meio daquelas pessoas que eu nunca conheceria se não fosse esse trabalho, eles eram meus lobos, eu era a sua caça, tudo que tive que fazer foi encontrar um jeito de domesticar os lobos. Me dei tão bem em meio a eles que nem tirei intervalo no primeiro dia. Naquele momento eu descobri que a melhor forma de superar seus medos é olhando bem nos olhos deles e sorrindo. Nunca se esqueça de sorrir para os seus medos. 

quarta-feira, 1 de abril de 2015

MÚSICA DA SEMANA: Worth it - Fifth Harmony

A música dessa semana é cheia de sensualidade e animação. Worth it é o terceiro single do álbum de estreia das meninas do Fifth Harmony. Eu já escrevi aqui no blog sobre elas, mas recentemente elas passaram por uma transformação completa, abandonaram as roupas e músicas infantis e investiram na sensualidade e batidas mais pesadas. As meninas vem crescendo cada vez mais, tanto na america do norte, quanto aqui no Brasil. Vale a pena conferir todo esse talento.

terça-feira, 31 de março de 2015

Uma jornada aeroportuária: Aprendiz

Eu nunca fui criado a pão-de-ló, minha vida sempre foi pautada em preocupações e dilemas. Desde os meus catorze anos me preocupo com o meu futuro, dilemas comuns de adolescente. Sempre tive a pergunta mais clichê da adolescência “O que eu vou fazer da minha vida?”. Eu não tinha a resposta. Pra grande parte dos adolescentes, a resposta está na faculdade e pra mim não é, nem foi diferente. Mas como chegar a faculdade? Aluno de escola publica e sem a menor condição financeira de bancar uma faculdade particular. Eis a resposta: Trabalhar.

Aos meus 16 anos tive a oportunidade de participar de um processo seletivo para jovem aprendiz em uma grande empresa aérea brasileira. Eu: Um poço de timidez. O aeroporto: Um poço de cultura e pessoas. Sempre tive a certeza de que trabalhar com pessoas não era o meu dom, mal conseguia olhar nos olhos de quem quer que fosse para iniciar uma conversa. Porém, eu precisava trabalhar, precisava de experiência em algo. Por que não tentar? Não era meu primeiro processo seletivo, longe disso, já era o quinto. Foram duas fases intensas, onde tive que abandonar a timidez e vestir um personagem, afinal quando queremos algo, não existe barreira (ou timidez) que nos impeça. Então, no dia 21 de agosto de 2013, fui contratado. Apesar do momento de euforia e orgulho de mim mesmo, na minha cabeça surgiram outros dilemas: E agora? Como o menino tímido vai conseguir enfrentar uma multidão de pessoas todos os dias? A resposta estava dentro de mim, eu sabia que podia, então eu fui. Por que não enfrentar um desafio? Eu sabia que fugir não era a melhor resposta e eu precisava daquilo, precisava quebrar essa barreira dentro de mim.

Eu trabalharia no check-in, então precisei passar por um treinamento antes. Eram 30 jovens de idades que variavam entre os 16 e 18 anos. Todos dispostos a enfrentar aquilo. Alguns mais pro ativos, outros mais sociáveis e havia eu. O menino que sentava no canto do fundo da sala. O invisível. Era assim que eu queria ser naquele começo. Senti que estava indo para o campo de batalha e precisava reconhecer o terreno e a quem poderia me associar de quem deveria manter distancia. Confesso que foi um momento onde criei um pré-conceito de todos, era um habito meu, eu precisava saber onde estava pisando. Foram oito dias de treinamento, oito dias de agonia e medo do que me esperava no aeroporto.

"A verdade é: Se você não quer, então sai e dê a vaga pra quem realmente quer, afinal tem milhares de pessoas que matariam para estar no seu lugar." Disse a instrutora em uma das aulas. Eu senti aquilo diretamente, foi o momento em que quase desisti, o momento em que pensei largar tudo e correr para as colinas. Mas eu parei, respirei e resolvi enfrentar. Eu não tinha nada a perder, não é mesmo? A vida vai além daquilo que você acha que é capaz, por que não enfrentar os próprios medos? Por que não dar uma chance a experiências que nunca pensou que viveria? Nós não sabemos se existem outras vidas, então vamos pular através de cada janela de oportunidades que tivermos e foi o que eu fiz. Eu pulei. Na verdade, eu me joguei. Eu não tinha certeza se ia dar certo, não tinha certeza se era aquilo que eu queria, mas eu arrisquei e fui ao ultimo dia de treinamento. Faltavam menos de doze horas para o inicio do desafio e eu estava preparado (ou achava que estava).

domingo, 29 de março de 2015

Ônus e Bônus

Estive pensando sobre o que escrever, minha vida anda meio corrida, não tenho tido tempo nem de pensar sobre o que comer, simplesmente como. A realidade é que tenho analisado a vida como uma grande experiência, tentando deixar de lado os rodeios poéticos e indo para um lado mais certo e objetivo.

Digamos que a vida é uma grande experiência e por que não aproveitar todos os seus lados? Às vezes quando as coisas não acontecem exatamente como nós gostaríamos, pensamos que as coisas estão dando errado. A realidade é que às vezes perdemos muitas oportunidades por estarmos procurando o trevo de quatro folhas. Mas olhe ao redor, o trevo está em todos os lugares, nós temos que agarrá-los com todas as forças e enxergarmos cada brecha que a vida nos dá.

Simplesmente pare por um momento. Olhe para você e sua vida. Não olhe para o obvio, enxergue a vida como uma grande experiência e pule sobre cada janela aberta. Faça com que a vida tenha sentido. Não pense que as coisas cairão do céu, lute por elas. Seja você mesmo e absorva as coisas boas, aprenda com as ruins e não se esqueça de que cada experiência gera um ônus e um bônus, basta enxergar todos os lados.

domingo, 15 de março de 2015

Nós encontramos o País das Maravilhas

O que seria o País das Maravilhas? Wonderland? Um mundo de ilusões onde as coisas boas parecem ruins e as ruins boas, a gente vive encarando situações assim na vida. Quando você cai no buraco do país das maravilhas é difícil achar o caminho de volta. As coisas queimam muito rápido, o pequeno te faz grande, o grande pequeno. Como seguir em frente quando você nunca esteve tão mal, mas ao mesmo tempo tão bem?

Digamos que olhar pra frente é uma grande solução, continue caminhando, seja qual for o seu país das maravilhas. Ele não é tão maravilhoso assim, disso eu tenho certeza. Não siga o coelho, ele vai te levar direto a rainha de copas, siga seus instintos, siga em frente, se siga. Seus próprios passos te dirão como sair dessa emboscada maravilhosa

O mais importante de tudo: Aproveite a viagem para aprender. Aprenda enquanto caminha, absorva, porque toda experiência, seja ela ruim ou boa, só faz sentido se vier acompanhada do aprendizado. O país das maravilhas é lindo, mas cuidado com os cogumelos, eles nem sempre são confiáveis. Enfrente o que tiver que enfrentar, mas nunca se esqueça: Em frente.


Caixa de correio #1












Caixa de correio? O que é? Como assim? Do que se trata? Caixa de correio nada mais é do que uma postagem sobre os livros que recebi. Espero que as postagens virem rotina aqui no blog, nada melhor do que novos livros na estante, não é mesmo?

Dom Camurro (Machado de Assis) - O marido, a mulher, o amigo íntimo. Adultério? Esta dúvida, que corrói o espírito do narrador de Dom Casmurro, pode ser esclarecida? Neste romance, Machado de Assis propõe um surpreendente enigma, enquanto focaliza com a habitual ironia a sociedade de seu tempo e apresenta algumas das personagens mais perfeitas da ficção brasileira.




Mensagem (Fernando Pessoa) - Único título publicado em português por Fernando Pessoa em vida, Mensagem é sem dúvida um dos poemas mais importantes do século XX, ao lado de Waste Land, de T. S. Eliot, dos Cantos, de Ezra Pound e das Elegias, de Rilke, entre outros. Cada um dos 44 poemas escritos ao longo da vida podem ser lidos independentemente ou em conjunto. 




Poemas de Amor de Fernando Pessoa - Dizem que o amor está na moda, assim como sua tradução mais perfeita, a Poesia. De Petrarca e Shakespeare a Fernando Pessoa e Verrlaine, o amor é eterno - as formas de manifestá-lo podem mudar, não a essência. Poetas de todos os tempos e de todos os idiomas traduzem para nós estas sensações. E é para falar diretamente aos corações que a Ediouro a Coleção Poemas de Amor.


Refém da Obsessão (Alma Katsu)- Havia uma parte em Lanny que queria ser punida. Um pedaço de seu coração que acreditava que ela merecia o horror de ser imortal, a tristeza de ver todos aqueles que amara partirem, enquanto ela só podia conviver com as perdas e as lembranças. Terríveis e solitárias lembranças. Este “dom”, oferecido pelo mais malvado dos homens, Adair, era, para ela, a resposta a uma pena que ela deveria cumprir.
Mas, apesar das culpas e do castigo que pensava merecer, ela ainda sonhava. E esperava ser redimida por ter dado a Jonathan — seu grande amor — o esquecimento que purifica todo ser de sua dor: a morte.
No entanto, bem no fundo de sua alma, ela suspeitava que, fosse o que fosse que a atraísse para Adair (e para sua maldade), fosse qual fosse o infeliz sentimento que os aproximara, este sentimento não fora totalmente exorcizado.
Não importava que ela tivesse chegado ao cúmulo de emparedar aquele homem mau e deixá-lo para apodrecer, não importava que o tempo tivesse passado, nem que, hoje, ela pudesse contar com o apoio e os braços fortes e acolhedores de Luke... Adair estava por perto, ela podia senti-lo, e seu poder era inexorável.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Jout Jout: Como não amar?

Não é novidade pra ninguém todos esses vlogs surgindo a cada dia. Literários, culinários, gamers: Hoje em dia temos vlogs pra tudo e sobre tudo. Mas recentemente um em particular me chamou a atenção: Jout Jout, prazer.
Não sei se é o jeito irreverente, as piadas pseudointelectuais (mentira, Jout Jout é totalmente intelectual, Jout  Jout é cultura) ou o Caio que atrai publico com toda a sua singular misteriosidade. (essa palavra existe?)
Juliana ou Jout Jout, para os íntimos, nos traz o inicio de uma nova era de risadas e profundidade. A carioca não sai mais da minha lista de favoritos. Amem Jout Jout comigo, todas as terças e quintas.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O que pretendo ler? #1


O blog anda meio desatualizado, então resolvi começar essa nova série. Toda quinta feira postarei um pouco sobre os livros que pretendo ler.
Promessa de sangue é o quarto livro da série Academia de Vampiros (Richelle Mead). Sim, aqui temos mais um clichê de livros adolescentes sobre vampiro, mas a série tem me surpreendido, mostrado certo amadurecimento, a autora conseguiu me surpreender no final do terceiro livro, por isso estou dando mais uma chance pra série. Eu não sei exatamente quando pretendo começar a ler esse livro, mas não vai demorar muito, em breve pretendo fazer uma resenha sobre a série completa (talvez em vídeo, que
m sabe?). 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MÚSICA DA SEMANA: Sia - Elastic Heart

A música dessa semana é da maravilhosa, unica, urban conceitual, Sia. Elastic Heart vem causando certo burburinho na internet por conta de seu clip "polêmico", algumas pessoas enxergam pedofilia nessa obra de arte. Pra quem não conhece a Sia, é ela que compõe basicamente todos os hits que a gente conhece, por exemplo, Diamonds (Rihanna) e Pretty Hurts (Beyonce). 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Resenha: Ladrão de Almas - Alma Katsu

O amor, afinal, é fé, e toda fé um dia será testada.

A história:

E se você fosse imortal? Isso seria um dádiva ou uma maldição? É o que Lanore Mcilvrae nos faz questionar durante toda a narrativa de “Ladrão de Almas”. O livro conta a história de Lanore que após matar seu amado, Jonathan, conhece o médico Luck, um homem separado, cansado de sua vida pacata e solitária.  Para que Luck  ajude-a a fugir, ela revela toda a sua história: Lanore é imortal. Mas como? Por que? Um dom? Uma maldição? Bom, essa é basicamente a premissa da história, se eu revelar qualquer detalhe que seja, com certeza seria spoiler.  

Impressões:

A narrativa é intensa, te prende a atenção do começo ao fim. A escrita é impecável, a forma que a autora constrói a narrativa é genial, cheia de flashbacks. Cada capitulo te deixa mais curioso pro que vem a seguir. Durante o livro inteiro você fica se perguntando “Ser imortal é uma maldição ou uma dádiva?”. O livro te deixa totalmente dividido. A construção dos personagens é ótima, é visível toda a evolução e amadurecimento de Lanore. No final do livro é impossível não imaginá-la como uma senhora, apesar de sua imortalidade.

Conclusões:

Até agora é a minha melhor leitura do ano. Personagens bem construídos, narrativa ótima, escrita densa, não consigo pensar em pontos negativos. Eu estou apaixonado pela história e quero mais e mais. A história é uma triologia, já estou com a continuação encomendada: Refém da Obsessão. O livro não poderia levar nada mais nada menos do que cinco estrelinhas. Super recomendo.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Poesia: Tubercu-LOSE



Trague o cigarro
Trouxe a dança,
A ultima.
Veja a fumaça,
Sinta a brisa
Através da nevoa embaçada da ultima dança.
Guarde pra mim.
O cigarro?
Não, a dança que trouxe.

Bring me the cigarettes
Smoke.
Twice.
Feel your pain.
Feel your smoke.
Feel the last dance.
Save the last dance.
Feel me in your blank space.
Full your heart with our smoke.

E a guimba foi o que restou.
Com o gosto de sua boca
De sua fumaça,
Da dança
E do sentir que você não guardou.
Eu guardei a fumaça no peito.

E as cinzas me foram jogadas ao relento.
Junto com o sentir que embaçou
Me embrulhou o estomago.

Tuberculose,
Nós somos.
Nós fomos.


Just tubercu-lose.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Preconceito literário: Machado de Assis ou John Green?


50 tons de cinza, A culpa é das estrelas, Crepúsculo, por que tão condenados? Me deparei com um post em um grupo no facebook, Leitores Anônimos, que dizia "Apenas observo essas pessoas que leem 50 tons e John Green e se consideram literárias", sinceramente me surpreende ver algo assim vindo de um leitor. Afinal a pessoa que lê Machado de Assis é mais “literária” do que a que lê John Green?
 O tão famoso “preconceito literário” vem me chamando a atenção, não é a primeira vez que vejo algo do tipo. Pessoas que se consideram melhores por lerem livros que são considerados clássicos, geralmente são os leitores de fachada, afinal um verdadeiro leitor deveria ser livre de ignorância, logo de preconceito.
 É claro que com o tempo e com sua bagagem literária você vai evoluindo, seus gostos vão mudando e consequentemente os livros que você lê, também. Liberdade literária, gente. Não importa se vocês leem pornô ou clássicos, ler é o que importa! ("Livro" vem do verbo livrar, tendo como principal objetivo, livrar-te da ignorância.)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

MÚSICA DA SEMANA: Ellie Goulding - Love Me Like You Do

Estou de volta, finalmente! E essa semana o assunto não é outro: 50 tons de cinza. O filme que teve estréia hoje, 12 de fevereiro de 2015, está dando o que falar. Nada mais justo do que a música da semana ser alguma da trilha sonora, não é mesmo? Bom, a trilha sonora desse filme está impecável, tem de Beyonce até Sia, mas a escolhida de hoje é a maravilhosa Ellie Goulding que canta uma das músicas mais românticas da trilha sonora.