quarta-feira, 29 de abril de 2015

Harry Potter não é literatura?

Quem nunca teve um minidicionário da tão renomada Ruth Rocha? Sim, ela fez parte da infância de vários leitores, assim como Harry Potter, da nossa queridíssima J.K. Rowling. A história do pequeno bruxo já causou diversas polemicas, inclusive religiosas. Porém, recentemente, Ruth Rocha fez uma declaração um tanto quanto polemica ao site IG em relação à saga do bruxinho.


“Não acho errado ‘Harry Potter’ fazer sucesso, mas não acho que seja literatura”  Disse a autora, completando em seguida: “Isto não é literatura, isto é uma bobagem. É moda, vai passar. Criança deve ler tudo, o que tem vontade, o que gosta, mas eu sei que não é bom. O que eu acho que é literatura é uma expressão do autor, da sua alma, das suas crenças, e cria uma coisa nova. Esta literatura com bruxas é artificial, para seguir o modismo”.

Ruth definiu bem o que é literatura, porém essa declaração é um pouco controvérsia, afinal, Harry Potter se encaixa nesse conceito de literatura. Em diversas passagens da saga do bruxo podemos observar os reflexos da alma e dos sentimentos de J.K. implícitos na história. Por exemplo, os Dementadores, criaturas fantásticas que sugam a vitalidade das pessoas, são a representação de uma depressão profunda que J.K. passou em uma fase de sua vida.

Portanto, Harry nada mais é do que o reflexo dos sonhos, ilusões, tristezas e expectativas de sua autora. Claro, tudo isso foi retratado de um forma totalmente diferente, afinal, cada escritor encontra uma forma de expressar seus sentimentos através das palavras. Porém, é compreensível a opinião de Ruth, afinal ela vem outra geração, tem outros conceitos e isso não quer dizer que ela está errada, mas aos olhos de uma geração que cresceu lendo e assistindo Harry Potter, tais livros podem e são considerados literatura. Então, assim como os jovens devem abrir espaço para os clássicos, as pessoas mais velhas devem dar uma chance para a literatura contemporânea, não vamos nos prender em uma caixinha de conceitos e preconceitos, vamos aproveitar tudo o que a literatura tem a nos oferecer.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Um Jornada Aeroportuária: O primeiro dia

A primeira vez a gente nunca esquece. Me perdoe por começar com uma frase tão clichê, mas os clichês são reais. Seja na escola, no trabalho ou até mesmo no sexo, a primeira vez a gente nunca esquece.

Era uma sexta-feira, o ar da manhã estava congelando, de um jeito que quase não vemos mais no
Brasil, acordei quase três horas antes de tamanha ansiedade. É engraçado como a ansiedade pode chegar a ser palpável. Eu respirava ansiedade; eu era a ansiedade. Ah, não se esqueça do medo, eu era o medo e a ansiedade.

Aquele seria o primeiro dia de 17 meses, eu considerava toda aquela experiência como um processo seletivo de 17 meses, afinal só os melhores dos melhores seriam efetivados e eu precisava estar entre eles. Eu seria um deles.

Pela primeira vez fui sentado com a postura completamente ereta no ônibus, medo da camisa amassar e o padrão da companhia aérea ser desfeito, afinal quanto mais asseado melhor. Eu me sentia padrão: Calça branca, camisa preta, cabelo bem cortado e barba bem feita. Quando eu desci do ônibus no aeroporto tive a sensação de coisa nova, aquele momento em que você percebe que tem muita coisa te esperando, mas você não faz a mínima idéia do que vai encontrar.

Encontrei um grupo de meninas que também seriam aprendizes comigo. Todos estavam extremamente arrumadas, menos uma. Perdoe-me pelo comentário infame, mas a parte de trás da calça dela estava suja com algo branco, sou extremamente perfeccionista, pensei em avisar, mas não achei que seria de bom tom.

Apesar de aquele ser o primeiro dia no aeroporto, não soou como trabalho. Nós simplesmente conhecemos o aeroporto. Divididos em grupos de 4 ou 5 pessoas fizemos um passeio “turístico”. Conhecemos desde os banheiros, até o check-in da conexão.

Tudo começou de verdade na segunda-feira onde fomos jogados aos lobos. Não sei se vocês conhecem a aviação brasileira, mas ela é uma loucura, não digo no ar, mas a bagunça é na terra. Tínhamos três posições em que poderíamos ficar: A loja (O sonho de qualquer novato, afinal aquilo ficava as moscas), o internacional (Ah, como eu queria treinar o inglês no meu primeiro dia) e o pesadelo, quero dizer, o doméstico (Imagine uma multidão de gente aglomerada em um ambiente quase claustrofóbico).


Doméstico, essa era minha sina, esse era o meu medo e se tornou o meu clube. Fui jogado aos cães de primeira, me colocaram no meio da multidão e com meus olhos perdidos e ansiedade senti vontade de chorar, mas não faz o meu estilo, simplesmente respirei fundo e fui. Comecei a atender sem olhar pro relógio. Um sorriso no rosto, crachá no peito e a ansiedade dava lugar a euforia. Me encontrei naquele momento, comecei a me descobrir no meio daquela correria, no meio daquelas pessoas que eu nunca conheceria se não fosse esse trabalho, eles eram meus lobos, eu era a sua caça, tudo que tive que fazer foi encontrar um jeito de domesticar os lobos. Me dei tão bem em meio a eles que nem tirei intervalo no primeiro dia. Naquele momento eu descobri que a melhor forma de superar seus medos é olhando bem nos olhos deles e sorrindo. Nunca se esqueça de sorrir para os seus medos. 

quarta-feira, 1 de abril de 2015

MÚSICA DA SEMANA: Worth it - Fifth Harmony

A música dessa semana é cheia de sensualidade e animação. Worth it é o terceiro single do álbum de estreia das meninas do Fifth Harmony. Eu já escrevi aqui no blog sobre elas, mas recentemente elas passaram por uma transformação completa, abandonaram as roupas e músicas infantis e investiram na sensualidade e batidas mais pesadas. As meninas vem crescendo cada vez mais, tanto na america do norte, quanto aqui no Brasil. Vale a pena conferir todo esse talento.